Outro dia me peguei pensando no real significado dos padrinhos de casamento.
Fui marcada no Facebook – e depois recebi de várias pessoas – um texto escrito por uma noiva que se queixava pelo fato do casal de padrinhos de casamento escolhido por ela e seu noivo não poderem comprar o presente que ela (noiva) havia especificado porque tiveram que priorizar o material para um curso do filho. E mais, a tal noiva ainda se queixa porque o casal deu de presente o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais). Achando um verdadeiro absurdo, ela diz: “… o que eu faço com 500 reais?! Achei uma falta de consideração da parte deles. Se não iam poder dar o presente porque aceitaram ser padrinhos?”
Então, depois de ler e reler esse depoimento comecei a refletir.
Porque e para que as pessoas escolhem seus padrinhos de casamento?! Bom, no meu caso (já fui convidada para madrinha de casamento por algumas – muitas – vezes) tenho sempre tanta alegria quando sou escolhida por alguém para abençoar um dia tão especial. E dou tanto valor.
Enfim, na minha cabeça os padrinhos de casamento são aqueles que estão presentes na vida familiar com cuidado, gratidão e amor. Que trocam experiências da vida, aprendizados, exemplos e que sempre dividem momentos, sejam eles tristes ou alegres. Apoio e amizade, sempre e em primeiro lugar. Para qualquer situação.
Partindo deste princípio, vejo que muitos valores estão bem estranhos – ou invertidos – nesse nosso mundinho de hoje. Não se elegem padrinhos pelo que eles podem te oferecer – ou não – de presente. A escolha deve vir do coração. Pela importância que a pessoa tem e terá na sua vida pelos próximos anos. Pela participação efetiva desses amigos na sua vida até aqui. Para receber “a benção” de quem está junto, ao lado, na parceria da vida…!
Claro que quando você é escolhida para madrinha de casamento, a sua intenção é dar o melhor e mais lindo presente àquele casal de noivos que tanto merece. Mas muitas vezes a realidade não permite que isso aconteça. E na minha opinião sincera, o presente físico está bem longe de ser o mais importante para definir “nível de consideração” como a noiva que citei acima mencionou.
Acho que o casal de padrinhos escolhido pelos noivos do caso acima, fez exatamente como deve ser feito. Agiu dentro do que era possível para realidade deles e priorizou o curso do filho. E o que achei mais bacana foi que eles avisaram que não poderiam dar o presente estipulado e o quanto poderiam contribuir. E assim foi feito.
Porque ainda tem isso. Temos também o outro lado. Os padrinhos que não dão real valor ao convite, que não ligam pra nenhum acontecimento prévio do casamento. Os que se atrasam absurdamente, os que não dão presente nenhum (não porque não podem dar, mas simplesmente porque não se lembram). Madrinhas que se vestem de branco ou até mesmo preto. E por aí vai…! Temos de tudo nesse mundo, pessoal.
E que fique claro: não existem regras. Mas existe sim, o bom senso. Ou melhor, o bom berço. Aquele em que com o mínimo de educação e amor ao próximo sabe entender, aceitar, honrar e valorizar um convite para ser padrinho (ou madrinha) de um casamento.
Para o outro lado (dos noivos), esse bom senso também é válido, pois eles devem refletir – e muito – sobre o real significado dos padrinhos de casamento antes de convidá-los.
Por um mundo com melhores valores…!

Beijos,
Natacha.